O Museu Herculano Pires, localizado na cidade de São Paulo, possui um impressionante acervo da numismática Portuguesa/Brasileira abrangendo um espaço de tempo entre os anos de 1500 e 2000. Através da exposição de moedas, medalhas e condecorações o visitante recebe informações da história brasileira e dos aspectos sócio-políticos e econômicos de cada periodo.
As visitas podem ser individuais ou monitoradas para grupos de 10 a 20 pessoas, previamente agendadas, em português ou inglês.
Este blog dedica-se à divulgação de material numismático, artigos relacionados e novidades interessantes. Buscamos, através deste espaço, compartilhar conhecimento sobre a numismática em geral e principalmente a brasileira. Estejam todos convidados para expressar suas opiniões e questões que envolvem a numismática. E&P Numismática e equipe.
segunda-feira, 16 de agosto de 2010
sexta-feira, 6 de agosto de 2010
Novas cedulas do Real.
Primeiras notas do real reformulado começam a ser impressas.
Foi inaugurada 1ª linha de produção de cédulas nesta sexta-feira.
Casa da Moeda investiu, até o momento, cerca de R$ 350 milhões.
Segundo o Banco Central, as novas notas devem começar a circular a partir de novembro. No entanto, a Casa da Moeda informa que a circulação teria início em outubro.
Os novos modelos das cédulas reduzirão risco de falsificação.
A primeira cédula impressa foi a de R$ 50,00. As mudanças nas notas têm como objetivo torná-las mais seguras e à prova de falsificação.
A segunda linha de produção entrará em funcionamento até o final de agosto. Com a nova estrutura, a produção da Casa da Moeda aumentará em 30%.
Foi inaugurada 1ª linha de produção de cédulas nesta sexta-feira.
Casa da Moeda investiu, até o momento, cerca de R$ 350 milhões.
Segundo o Banco Central, as novas notas devem começar a circular a partir de novembro. No entanto, a Casa da Moeda informa que a circulação teria início em outubro.
Os novos modelos das cédulas reduzirão risco de falsificação.
A primeira cédula impressa foi a de R$ 50,00. As mudanças nas notas têm como objetivo torná-las mais seguras e à prova de falsificação.
A segunda linha de produção entrará em funcionamento até o final de agosto. Com a nova estrutura, a produção da Casa da Moeda aumentará em 30%.
quarta-feira, 4 de agosto de 2010
Avaliando Moedas e Cédulas.
Moedas brasileiras.
Antes de mais nada, a maior parte das moedas e cédulas são extremamente comuns e não possuem nenhum valor numismático!
A grande maioria das pessoas possui moedas ou cédulas antigas guardadas em casa, recebidas de herança, esquecidas em algum pote, saquinho ou mesmo caixinha de supostas “raridades”. E, como existem milhares de moedas e cédulas exatamente “iguais”, estas mesmas não possuem valor significativo para colecionadores.
Podemos dividir moedas de duas formas, por sua época (data), e por seu metal (ouro, prata, cobre, bronze, cupro-níquel, aço-inox, etc.).
- Moedas anteriores a 1850
Moedas de 1695 a 1850 têm maior chance de ter algum valor para colecionadores e estudiosos, porque nesta época, a cunhagem (fabricação/quantidade) de moedas no Brasil era ainda relativamente pequena e por isso existem poucas moedas. No entanto, existem moedas desta época sem valor para coleção:
Moedas de Cobre - anteriores a 1800: precisam estar em excelente estado de conservação para terem algum valor expressivo.
Moedas de cobre - após 1800: tem muito pouco valor, mesmo em perfeito estado de conservação.
Moedas de Prata de 1695 a 1849: que estejam gastas ou muito gastas tem baixo valor acima do valor intrínseco do metal, assim como as moedas de prata posteriores a 1850.
- Moedas anteriores a 1850 que têm valor expressivo:
Moedas de Ouro. Para que tenham valor acima do custo do metal, devem estar em estado de conservação superior. Neste caso, o valor pode variar de uma pequena fração até muitas vezes o valor do ouro da moeda (considerando-se duas coisas: Raridade e beleza). Moedas nesta categoria: 2000, 4000 e 6400 Réis da colônia e Reino Unido. As dobras, meio-dobrões e dobrões (12800. 10000 e 20000 Réis), entre outras.
Moedas de Prata de 1695 a 1849. Somente terão valor as moedas em estado de conservação superior, sem furos, tentativas de furo, soldas, arranhões, ou outros danos. Incluem-se aqui moedas do 1º Sistema monetário Brasileiro (1695-1833) as chamadas “patacas”. Ex: 20, 40, 80, 160, 320, 640 e 960 Réis e também as da Série do tipo “Jota”: de 75, 150, 300 e 600 Réis.
Moedas do 2º Sistema Monetário Brasileiro (Série dos Cruzados) com valores de 100, 200, 400, 800 e 1200 Réis que circularam de 1834 a 1848, dependendo do seu estado de conservação, é claro.
Moedas de Cobre, principalmente de 1695 a 1750, que estejam em estado de conservação excepcional.
- Moedas posteriores a 1850
A grande maioria das moedas, com pouquíssimas exceções, não possui valor significativo.
Moedas de níquel (ou cupro-níquel) 100, 200, 300 e 400 Réis datadas de 1871 a 1935.
Moedas de Bronze de 20 Réis e 40 Réis, de 1869 a 1915.
Moedas “Amarelas” (liga de bronze/aluminio) da década de 30 até 1965 de 500, 1000 e 2000 Réis e posteriormente de 10, 20, 50 centavos e 1, 2, 5 Cruzeiros.
Moedas de aço-inox de 1967 em diante.
- Moedas posteriores a 1850 que têm valor expressivo:
Moedas de OURO. Na maioria das vezes, incluidas quase todas as moedas de ouro do 2º Império (de 1850 em diante), valem apenas o valor do metal. Por exemplo, uma moeda de 20 mil Réis de ouro de D. Pedro II data de 1851 a 1867 vale o que pesa multiplicado pelo valor do ouro do dia.
Moedas de PRATA. Assim como as de ouro, com raríssimas exceções, moedas de prata desta época “valem quanto pesam”. Consideramos nesta categoria as seguintes moedas:
- Moedas de 200, 500, 1000, e 2000 Réis do Império de 1849 a 1889.
- Moedas de 500, 1000, 2000, e 5000 Réis da República de 1889 a 1936.
Sendo assim, para qualquer moeda desta época, consideramos o peso da moeda multiplicado pelo valor da prata.
Cédulas Brasileiras.
Para as cédulas a regra é mais fácil, porque o número de cédulas existentes é muito menor.
Em circulação no Brasil a partir do início do século XIX, somente foram usadas mais correntemente a partir de 1870.
As cédulas do Brasil podem ser divididas em duas épocas:
Cédulas do Padrão Réis ou Mil-Réis (1833 – 1941):
Valores faciais das cédulas: de 500 Réis até 1 Conto de Réis (1.000.000 de Réis).
Cédulas deste tipo devem estar em ótimo estado de conservação para terem algum valor importante. O papel deve ser firme, não podendo haver rasgos, manchas, dobras, restauro, amassados, ou qualquer defeito.
Cédulas do Cruzeiro ao Real (1942 em diante):
Estão incluídas aqui todas as variações monetárias, inclusive:Cruzeiro, Cruzeiro Novo, Cruzado, Cruzeiro Real, etc. Com raríssimas exceções, nenhuma cédula deste tipo tem qualquer valor, mesmo estando “nova” como se tivesse sido retirada do banco. Por exemplo: freqüentemente encontramos “pacotes” ou “tijolos” com 100 cédulas que, para a surpresa de leigos, valem cerca de R$0,10 (10 centavos) cada cédula
Moedas e cédulas estrangeiras:
Moedas posteriores a 1900 (com exceção das de ouro e poucas de prata) a chance de não ter valor nenhum é perto dos 100%. Isto serve para qualquer país, mesmo para os mais exóticos.
Na grande maioria, as moedas estrangeiras que as pessoas encontram “esquecidas” em casa, não passam de “troco de viagem”, sem nenhum valor importante.
Isto tambem vale para as cedulas, salvo peculiaridades muito específicas ou quando forem de alto valor facial (não para cedúlas de periodos de inflação).
Conclusão:
Se você tem moedas ou cédulas antigas em casa, parta do princípio de que elas não tem valor, pois a chance de se ter uma “fortuna” em casa sem sabê-lo é praticamente nula! Contudo, é possível sim, que você tenha algumas moedas de baixo ou médio valor, e que somadas, elas venham a somar uma quantia razoável.
Antes de mais nada, a maior parte das moedas e cédulas são extremamente comuns e não possuem nenhum valor numismático!
A grande maioria das pessoas possui moedas ou cédulas antigas guardadas em casa, recebidas de herança, esquecidas em algum pote, saquinho ou mesmo caixinha de supostas “raridades”. E, como existem milhares de moedas e cédulas exatamente “iguais”, estas mesmas não possuem valor significativo para colecionadores.
Podemos dividir moedas de duas formas, por sua época (data), e por seu metal (ouro, prata, cobre, bronze, cupro-níquel, aço-inox, etc.).
- Moedas anteriores a 1850
Moedas de 1695 a 1850 têm maior chance de ter algum valor para colecionadores e estudiosos, porque nesta época, a cunhagem (fabricação/quantidade) de moedas no Brasil era ainda relativamente pequena e por isso existem poucas moedas. No entanto, existem moedas desta época sem valor para coleção:
Moedas de Cobre - anteriores a 1800: precisam estar em excelente estado de conservação para terem algum valor expressivo.
Moedas de cobre - após 1800: tem muito pouco valor, mesmo em perfeito estado de conservação.
Moedas de Prata de 1695 a 1849: que estejam gastas ou muito gastas tem baixo valor acima do valor intrínseco do metal, assim como as moedas de prata posteriores a 1850.
- Moedas anteriores a 1850 que têm valor expressivo:
Moedas de Ouro. Para que tenham valor acima do custo do metal, devem estar em estado de conservação superior. Neste caso, o valor pode variar de uma pequena fração até muitas vezes o valor do ouro da moeda (considerando-se duas coisas: Raridade e beleza). Moedas nesta categoria: 2000, 4000 e 6400 Réis da colônia e Reino Unido. As dobras, meio-dobrões e dobrões (12800. 10000 e 20000 Réis), entre outras.
Moedas de Prata de 1695 a 1849. Somente terão valor as moedas em estado de conservação superior, sem furos, tentativas de furo, soldas, arranhões, ou outros danos. Incluem-se aqui moedas do 1º Sistema monetário Brasileiro (1695-1833) as chamadas “patacas”. Ex: 20, 40, 80, 160, 320, 640 e 960 Réis e também as da Série do tipo “Jota”: de 75, 150, 300 e 600 Réis.
Moedas do 2º Sistema Monetário Brasileiro (Série dos Cruzados) com valores de 100, 200, 400, 800 e 1200 Réis que circularam de 1834 a 1848, dependendo do seu estado de conservação, é claro.
Moedas de Cobre, principalmente de 1695 a 1750, que estejam em estado de conservação excepcional.
- Moedas posteriores a 1850
A grande maioria das moedas, com pouquíssimas exceções, não possui valor significativo.
Moedas de níquel (ou cupro-níquel) 100, 200, 300 e 400 Réis datadas de 1871 a 1935.
Moedas de Bronze de 20 Réis e 40 Réis, de 1869 a 1915.
Moedas “Amarelas” (liga de bronze/aluminio) da década de 30 até 1965 de 500, 1000 e 2000 Réis e posteriormente de 10, 20, 50 centavos e 1, 2, 5 Cruzeiros.
Moedas de aço-inox de 1967 em diante.
- Moedas posteriores a 1850 que têm valor expressivo:
Moedas de OURO. Na maioria das vezes, incluidas quase todas as moedas de ouro do 2º Império (de 1850 em diante), valem apenas o valor do metal. Por exemplo, uma moeda de 20 mil Réis de ouro de D. Pedro II data de 1851 a 1867 vale o que pesa multiplicado pelo valor do ouro do dia.
Moedas de PRATA. Assim como as de ouro, com raríssimas exceções, moedas de prata desta época “valem quanto pesam”. Consideramos nesta categoria as seguintes moedas:
- Moedas de 200, 500, 1000, e 2000 Réis do Império de 1849 a 1889.
- Moedas de 500, 1000, 2000, e 5000 Réis da República de 1889 a 1936.
Sendo assim, para qualquer moeda desta época, consideramos o peso da moeda multiplicado pelo valor da prata.
Cédulas Brasileiras.
Para as cédulas a regra é mais fácil, porque o número de cédulas existentes é muito menor.
Em circulação no Brasil a partir do início do século XIX, somente foram usadas mais correntemente a partir de 1870.
As cédulas do Brasil podem ser divididas em duas épocas:
Cédulas do Padrão Réis ou Mil-Réis (1833 – 1941):
Valores faciais das cédulas: de 500 Réis até 1 Conto de Réis (1.000.000 de Réis).
Cédulas deste tipo devem estar em ótimo estado de conservação para terem algum valor importante. O papel deve ser firme, não podendo haver rasgos, manchas, dobras, restauro, amassados, ou qualquer defeito.
Cédulas do Cruzeiro ao Real (1942 em diante):
Estão incluídas aqui todas as variações monetárias, inclusive:Cruzeiro, Cruzeiro Novo, Cruzado, Cruzeiro Real, etc. Com raríssimas exceções, nenhuma cédula deste tipo tem qualquer valor, mesmo estando “nova” como se tivesse sido retirada do banco. Por exemplo: freqüentemente encontramos “pacotes” ou “tijolos” com 100 cédulas que, para a surpresa de leigos, valem cerca de R$0,10 (10 centavos) cada cédula
Moedas e cédulas estrangeiras:
Moedas posteriores a 1900 (com exceção das de ouro e poucas de prata) a chance de não ter valor nenhum é perto dos 100%. Isto serve para qualquer país, mesmo para os mais exóticos.
Na grande maioria, as moedas estrangeiras que as pessoas encontram “esquecidas” em casa, não passam de “troco de viagem”, sem nenhum valor importante.
Isto tambem vale para as cedulas, salvo peculiaridades muito específicas ou quando forem de alto valor facial (não para cedúlas de periodos de inflação).
Conclusão:
Se você tem moedas ou cédulas antigas em casa, parta do princípio de que elas não tem valor, pois a chance de se ter uma “fortuna” em casa sem sabê-lo é praticamente nula! Contudo, é possível sim, que você tenha algumas moedas de baixo ou médio valor, e que somadas, elas venham a somar uma quantia razoável.
quarta-feira, 28 de julho de 2010
Números especiais em cédulas
Deixe-me tentar explicar um pouco sobre a numeração das cédulas brasileiras.
As séries nas cédulas brasileiras vão de 000.001 até 100.000.
E sendo o maior número sequencial o cem mil, os chamados números sólidos (em ingles solid numbers) serão sempre precedidos de um zero. Desta forma, nós não vamos encontrar a cédula nº 111.111 (cento e onze mil, cento e onze) como em paises como os E.U.A., o mais próximo número sólido nas cédulas brasileiras será o nº 011.111 (onze mil, cento e onze).
Então lembrando: a numeração sequencial será sempre precedida de um zero, com exceção do último número de uma série, que é o 100.000 (cem mil).
A partir de 1981, os número de série, foram alterados, e passam a ser impressos antes do número sequencial (de 000.001 à 100.000), e tornam-se um astronômico número, composto de 10 dígitos (4 da série + 6 do nº sequencial). Existe, antes desta data, uma experiencia que foi feita na cédula apelidada de "Cabeção" ou "Barão". É a nota com as numerações de 153/4/5 no catalogo brasileiro e 97 no Pick.
A cédula brasileira além dos 10 dígitos, passou a ter duas letras, uma à direita e outra à esquerda do número, elas representam: a "Estampa" (qualquer mudança no desenho da cédula muda a estampa), e a quantidade de séries. Cada letra só pode ter 9.999 séries (4 dígitos)
Assim sendo, os 4 primeiros dígitos representam a série e os outros seis dígitos, o número da cédula de 000.001 para 100.000. Mais uma letra como prefixo e outra como sufixo.
Em outras palavras, após 1981, continuamos a ter números sólidos, mas com os 4 dígitos pertencentes à série, no início da longa numeração de 10 dígitos!
Qualquer dúvida, estou à disposição para ajudar.
Francisco Partos
E&P Numismatica
As séries nas cédulas brasileiras vão de 000.001 até 100.000.
E sendo o maior número sequencial o cem mil, os chamados números sólidos (em ingles solid numbers) serão sempre precedidos de um zero. Desta forma, nós não vamos encontrar a cédula nº 111.111 (cento e onze mil, cento e onze) como em paises como os E.U.A., o mais próximo número sólido nas cédulas brasileiras será o nº 011.111 (onze mil, cento e onze).
Então lembrando: a numeração sequencial será sempre precedida de um zero, com exceção do último número de uma série, que é o 100.000 (cem mil).
A partir de 1981, os número de série, foram alterados, e passam a ser impressos antes do número sequencial (de 000.001 à 100.000), e tornam-se um astronômico número, composto de 10 dígitos (4 da série + 6 do nº sequencial). Existe, antes desta data, uma experiencia que foi feita na cédula apelidada de "Cabeção" ou "Barão". É a nota com as numerações de 153/4/5 no catalogo brasileiro e 97 no Pick.
A cédula brasileira além dos 10 dígitos, passou a ter duas letras, uma à direita e outra à esquerda do número, elas representam: a "Estampa" (qualquer mudança no desenho da cédula muda a estampa), e a quantidade de séries. Cada letra só pode ter 9.999 séries (4 dígitos)
Assim sendo, os 4 primeiros dígitos representam a série e os outros seis dígitos, o número da cédula de 000.001 para 100.000. Mais uma letra como prefixo e outra como sufixo.
Em outras palavras, após 1981, continuamos a ter números sólidos, mas com os 4 dígitos pertencentes à série, no início da longa numeração de 10 dígitos!
Qualquer dúvida, estou à disposição para ajudar.
Francisco Partos
E&P Numismatica
segunda-feira, 26 de julho de 2010
Classificação do grau de conservação
Olá a todos!
Um amigo e cleinte nosso, colecionador e pesquisador, escreveu recentemente, depois de ver uma moeda em nosso site. Reproduzo a mensagem traduzindo do ingles, e informo que a mesma foi por ele adquirida:
"Olá Francisco,
Eu sempre apreciei aos teus conhecimentos. Especializei-me em moedas colonial Portuguesas datadas entre 1690-1970 e tenho cerca de 1.000 delas, incluindo 100 do Brasil. Você sabe o meu fascínio com a história das moedas e fichas. Nós dois sabemos que muitas dessas moedas em alto grau de conservação são excelentes investimentos à longo prazo.
Assim, meu interesse em observar a moeda na linha do assunto em epígrafe. Eu não estou questionando a todos os seus conhecimentos sobre a classificação, ao contrário, eu respeito muito você. Examinei as imagens desta moeda e concordo que o anverso é excelente. No entanto, fiquei intrigado com o reverso. Como você bem sabe, muitas moedas coloniais Portuguesas possuem o brasão de armas tradicionais. Neste 20 réis de 1820, vi desgaste consideravel sobre os escudos e castelos. Numismatas em Portugal e no E.U.A. dizem que estes cunhos devem ser claros e bem delineados para moeda ser graduada como Soberba. No entanto, percebo que quanto mais antiga moeda, mais liberais são os padrões de classificação devido a melhorias e avanços na produção ao longo do tempo.
Fiquei me perguntando se seria esta a questão nesta moeda, ou foi desgaste de circulação nestes pontos relacionados? "
Respondendo a dúvidas muito pertinentes, eu escrevi:
Em minha opinião, não se importa se uma moeda foi fabricada através de marteladas ou nas máquinas mais modernas e sofisticadas. Se foi cunhada a.C. ou ontem. Se foi feita de ouro ou de madeira. O grau de conservação vai sempre seguir as mesmas normas.
Classificar o estado de conservação de moedas é uma questão muito subjetiva.
Uma mesma pessoa pode, e irá classificar uma mesma moeda, em diferentes graus em dias diferentes. Isso vai depender da iluminação; grau de inclinação que se examina a moeda; hora do dia porque os olhos se cansam; estado de espírito; se foi classificado antes um grupo de moedas bonitas ou feias; e outros inimagináveis detalhes.
E um ponto de vital importância, é conhecer bem o tipo da moeda e o período na qual foi cunhada a moeda em questão, para se saber detalhes da situação: O lugar estava sob sítio? Houve falta de pessoas qualificadas? Possuíam o metal necessário? Etc, etc, etc.
Em linhas gerais, este é o meu ponto de vista em tão divergente questão, e acredito que sem solução no mundo numismático.
Mas agora, respondendo ao seu e-mail, com a moeda específica na mão (é mais bonita que na foto), no mínimo suas dúvidas são curiosas e muito interessantes, e vou tentar transmitir o que eu vejo:
O terceiro castelo da esquerda parece estar amassado, mas no mesmo ponto do outro lado, está praticamente intacto.
O castelo do meio (em cima, o do meio), é deformado, parecendo que foi consumido por abrasão. Mas os castelos, à direita e à esquerda, e o pequeno escudo abaixo, são perfeitos.
Entre outros detalhes, isso me leva a pensar que embora pareça desgaste pelo uso na moeda, na realidade, são problemas nos cunhos!(desgaste, batidas e amassos nas delicadas linhas destes elementos, que vão preenchendo os cunhos que são em negativo) Nesta data, desse valor, 4.871.966 moedas foram cunhadas, e provavelmente aos cunhos foram utilizados ao máximo, em função da enorme quantidade de moedas.
Eu não sou dono da verdade, mas acredito fortemente serem estas razões, o responsável pelo aspecto interessante que você apontou.
Abaixo para ilustrar melhor as diferenças entre esta mesma moeda, os detalhes do anverso:
E nas mesma posições, os detalhes do reverso!
Obviamente que é apenas minha opinião e não uma regra!
Sendo somente parecer, deixo o convite para todos os que concordam ou não, a se expressarem aqui seus pontos de vista!
Qualquer dúvida, estou sempre a disposição na ajuda do que for necessário.
Francisco Partos
E&P Numismatica.
Um amigo e cleinte nosso, colecionador e pesquisador, escreveu recentemente, depois de ver uma moeda em nosso site. Reproduzo a mensagem traduzindo do ingles, e informo que a mesma foi por ele adquirida:
"Olá Francisco,
Eu sempre apreciei aos teus conhecimentos. Especializei-me em moedas colonial Portuguesas datadas entre 1690-1970 e tenho cerca de 1.000 delas, incluindo 100 do Brasil. Você sabe o meu fascínio com a história das moedas e fichas. Nós dois sabemos que muitas dessas moedas em alto grau de conservação são excelentes investimentos à longo prazo.
Assim, meu interesse em observar a moeda na linha do assunto em epígrafe. Eu não estou questionando a todos os seus conhecimentos sobre a classificação, ao contrário, eu respeito muito você. Examinei as imagens desta moeda e concordo que o anverso é excelente. No entanto, fiquei intrigado com o reverso. Como você bem sabe, muitas moedas coloniais Portuguesas possuem o brasão de armas tradicionais. Neste 20 réis de 1820, vi desgaste consideravel sobre os escudos e castelos. Numismatas em Portugal e no E.U.A. dizem que estes cunhos devem ser claros e bem delineados para moeda ser graduada como Soberba. No entanto, percebo que quanto mais antiga moeda, mais liberais são os padrões de classificação devido a melhorias e avanços na produção ao longo do tempo.
Fiquei me perguntando se seria esta a questão nesta moeda, ou foi desgaste de circulação nestes pontos relacionados? "
Respondendo a dúvidas muito pertinentes, eu escrevi:
Em minha opinião, não se importa se uma moeda foi fabricada através de marteladas ou nas máquinas mais modernas e sofisticadas. Se foi cunhada a.C. ou ontem. Se foi feita de ouro ou de madeira. O grau de conservação vai sempre seguir as mesmas normas.
Classificar o estado de conservação de moedas é uma questão muito subjetiva.
Uma mesma pessoa pode, e irá classificar uma mesma moeda, em diferentes graus em dias diferentes. Isso vai depender da iluminação; grau de inclinação que se examina a moeda; hora do dia porque os olhos se cansam; estado de espírito; se foi classificado antes um grupo de moedas bonitas ou feias; e outros inimagináveis detalhes.
E um ponto de vital importância, é conhecer bem o tipo da moeda e o período na qual foi cunhada a moeda em questão, para se saber detalhes da situação: O lugar estava sob sítio? Houve falta de pessoas qualificadas? Possuíam o metal necessário? Etc, etc, etc.
Em linhas gerais, este é o meu ponto de vista em tão divergente questão, e acredito que sem solução no mundo numismático.
Mas agora, respondendo ao seu e-mail, com a moeda específica na mão (é mais bonita que na foto), no mínimo suas dúvidas são curiosas e muito interessantes, e vou tentar transmitir o que eu vejo:
O terceiro castelo da esquerda parece estar amassado, mas no mesmo ponto do outro lado, está praticamente intacto.
O castelo do meio (em cima, o do meio), é deformado, parecendo que foi consumido por abrasão. Mas os castelos, à direita e à esquerda, e o pequeno escudo abaixo, são perfeitos.
Entre outros detalhes, isso me leva a pensar que embora pareça desgaste pelo uso na moeda, na realidade, são problemas nos cunhos!(desgaste, batidas e amassos nas delicadas linhas destes elementos, que vão preenchendo os cunhos que são em negativo) Nesta data, desse valor, 4.871.966 moedas foram cunhadas, e provavelmente aos cunhos foram utilizados ao máximo, em função da enorme quantidade de moedas.
Eu não sou dono da verdade, mas acredito fortemente serem estas razões, o responsável pelo aspecto interessante que você apontou.
Abaixo para ilustrar melhor as diferenças entre esta mesma moeda, os detalhes do anverso:
E nas mesma posições, os detalhes do reverso!
Obviamente que é apenas minha opinião e não uma regra!
Sendo somente parecer, deixo o convite para todos os que concordam ou não, a se expressarem aqui seus pontos de vista!
Qualquer dúvida, estou sempre a disposição na ajuda do que for necessário.
Francisco Partos
E&P Numismatica.
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